“Chaos and Creation in the Backyard” é o vigésimo disco pós-Beatles de Paul McCartney e marca o regresso à boa forma do baixista dos “Fab Four”. Chega segunda-feira às lojas para alegria dos fãs de McCartney. Sucede ao mal recebido “Driving rain”, editado já em 2001.

A crítica tem louvado o disco por conciliar a estética Beatles com um tom introspectivo e sem grandes artíficios. Há quem diga que McCartney está de bem consigo mesmo e com o seu legado.

O álbum é lançado 35 anos depois da separação dos Beatles, 25 após da morte de John Lennon e quatro anos depois do desaparecimento de George Harrison.

“Chaos and Creation in the Backyard” foi gravado em Londres e Los Angeles, com produção de Nigel Godrich (já trabalhou com Radiohead, Beck ou Air). O produtor convenceu o músico a gravar todos os instrumentos, como já não fazia desde “McCartney”, de 1970.

A influência dos Beatles nos 13 temas do disco é assumida pelo músico. “É verdade que algumas destas canções poderiam ter sido feitas com os Beatles”, afirmou McCartney ao semanário francês “Epok”.

“É o meu estilo. Inventei-o com os Beatles. E se há um monte de bandas que se inspiram neles, por que razão não tenho eu o direito de voltar ao meu passado? Decidi não ter vergonha das minhas raízes”, acrescentou.

Tal como os Rolling Stones, que lançaram há uma semana o seu novo disco, McCartney tem já agendada uma grande digressão nos Estados Unidos, que começa em Miami sexta-feira.

Pedro Rios
Foto: DR