O Ministro da Agricultura da Roménia, Ghorghe Flutur, divulgou hoje a descoberta de um ganso e de um cisne portadores do subtipo H5 da gripe das aves no sudeste do país.

A informação foi disponibilizada com base em testes efectuados por peritos romenos, mas Ghorghe Flutur fez questão de salientar que serão efectuados testes mais apurados para confirmar se as aves estão infectadas com a estirpe H5N1 da gripe das aves.

“O cisne foi encontrado morto no lago Razim, no delta do Danúbio, enquanto o ganso foi encontrado em Vadu Oii, no distrito de Constanta, no Mar Negro”, referiu uma porta-voz do Ministério, Gratiela Gheorghe.

Na passada sexta-feira, o ministro da Agricultura afirmou que se tinham revelado negativos os testes efectuados na Roménia a várias galinhas encontradas mortas no dia anterior, em Suceva, no nordeste do país.

Virus perto da fronteira com a Moldova

Resultados de exames realizados por peritos britânicos confirmaram sexta-feira, pela primeira vez, a presença da estirpe da gripe das aves fora do delta do Danúbio, em Vaslui, perto da fronteira com a Moldova.

A Roménia aumentou na sexta-feira a realização do número de testes de despistes do vírus da gripe das aves, sobretudo no nordeste e sudeste do país, zonas nas quais a presença da estirpe H5N1 foi detectada em três locais.

Várias aves mortas nos Urais russos

Inúmeras aves migratórias foram encontradas nos arredores de Yekaterinburgo, nos Urais russos, informou esta segunda-feira um porta-voz do serviço local de protecção do consumidor, citado pela agência noticiosa RIA Novosti.

“No final da semana passada, foram encontrados ampelis europeus (bombycilla garrulus) em Asbet”, referiu o responsável, acrescentando que foram retiradas amostras para detectar se as aves tinham sido infectadas com a gripe das aves. Os resultados serão conhecidos na próxima quarta-feira.

O centro regional do sul do Ministério de Situações de Emergência anunciou esta segunda-feira que a morte das aves encontradas nas localidades de Kolundayevsky e Shabliyevka, na região de Rostov, não se deveu à estirpe do H5N1.

Os resultados das análises determinaram que as aves faleceram de cólera aviária, de acordo a informação divulgada pelo serviço de imprensa à agência Interfax.

Na passada quinta-feira, o governo russo anunciou a descoberta de novos casos de infecção pela estirpe mortífera em frangos e patos na região siberiana de Omsk, local onde já se produziram mais casos nos últimos meses. No entanto, na Rússia ainda não foram detectados casos de gripe das aves em seres humanos.

Pedro Sales Dias
Foto: Getty Images