As seis empresas juniores portuguesas estão reunidas no Porto para o primeiro congresso do género, organizado pela Federação Nacional de Junior Empresas (JADE Portugal), estrutura criada em Abril deste ano.

O encontro, que decorre de hoje, sexta-feira, até domingo, tem como objectivos “motivar as pessoas para que haja trabalho de federação”, “dar a conhecer o movimento aos mundos universitário e empresarial”, explica o presidente da JADE Portugal, Helder Silva. “É o primeiro grande evento que visa dar a conhecer a federação”, explica ao JPN.

Na conferência de amanhã, que deve contar com cerca de 160 pessoas, vai ser discutido o tema do empreendorismo. “Se aplicarmos o conceito de empreendorismo ao mundo universitário, isso tem nome: é uma empresa júnior”, sustenta Helder Silva, que sublinha a “busca de projectos” e o “contacto com o mundo empresarial da forma mais proxima possível” que estas organizações permitem.

Uma júnior empresa é uma organização sem fins lucrativos que faz serviços para empresas exteriores, aumentando a ligação entre o meio académico e o empresarial.

As empresas juniores são uma realidade ainda recente em Portugal. O conceito surgiu nos anos 60 em França, mas chegou ao nosso país apenas nos anos 90. A primeira empresa júnior portuguesa a ser fundada foi a FEP Junior Consulting, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, em 1998.

“Somos um país mais pequeno com bastante potencial. Acredito que em três ou quatro já existam em Portugal 20 empresas juniores”, diz.

Apesar da economia, gestão e engenharia serem as actividades mais comuns numa empresa júnior, noutros países existem experiências bem sucedidas em cursos de letras, organização de eventos e outras áreas. “Depende da imaginação das pessoas”, sintetiza o presidente da JADE Portugal.

Pedro Rios
Foto: FEUP