Um primeiro-sargento do Exército português morreu hoje, sexta-feira, a oito quilómetros de Cabul, no Afeganistão, depois da viatura onde circulava com mais três militares portugueses ter sido atingida por um engenho explosivo.

Dos restantes militares que o acompanhavam, um encontra-se em estado considerado grave e os outros dois com ferimentos ligeiros.

A vítima mortal é um sargento dos Comandos e chama-se João Paulo Roma Pereira, anunciou o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Almirante Mendes Cabeçadas.

Eram duas as viaturas que efectuavam a patrulha de rotina perto de Cabul, pelas 12h30 (7h30 em Lisboa), quando o engenho explosivo disparou.

Em conferência de imprensa esta manhã, o Chefe de Estado-Maior do Exército, Luís Pinto, afirmou que não se sabe ainda se foi uma mina ou um explosivo activado por controlo remoto. A segunda viatura não foi danificada.

Luís Pinto garantiu que “todos os procedimentos foram cumpridos e bem cumpridos”.

De acordo com Mendes Cabeçadas, um inquérito já está em marcha para apurar as causas e circunstâncias do incidente.

Ministro não retira tropas

O ministro da Defesa Nacional, Luís Amado, afirmou que sempre teve consciência dos riscos assumidos e que não vai retirar o contingente português da sua missão. “Não é por causa deste incidente que a decisão se vai modificar”, explicou o ministro em resposta aos jornalistas na conferência de imprensa.

Luís Amado assegurou que “as forças armadas portuguesas honrarão o compromisso” que têm com a Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (ISAF).

Encontram-se no Afeganistão um total de 196 militares portugueses, integrados na ISAF.

Tiago Dias
Foto: SXC