O Governo vai assinar hoje, sexta-feira, no Ministério da Economia um contrato com um grupo de investidores internacionais, liderados pelo português Patrick Monteiro de Barros, que vai permitir a construção daquela que vai ser a maior refinaria da Península Ibérica e uma das maiores da Europa, em Sines.

A refinaria, a terceira a ser construída em Portugal e a segunda em Sines, irá custar, de acordo com números do “Diário de Notícias”, citando fonte do Governo, cerca de quatro mil milhões de euros, usufruindo de “um investimento superior ao da AutoEuropa”.

A construção desta nova refinaria vai dar origem a 800 postos de trabalho e estima-se que produza cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, cujo destino será em grande parte os EUA. Em declarações à TSF, o presidente da Comissão de Trabalhadores da GALP Energia, Hugo Basto, explicou que o desenvolvimento das refinarias, já existentes, de Matosinhos e de Sines pode estar comprometido pela nova infra-estrutura.

Prevê-se que as obras de construção da refinaria tenham início no próximo ano e que em 2009 já esteja em produção.

O JPN tentou contactar o SINQUIFA (Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas) e o SINDEQ (Sindicato Democrático da Energia e Química), mas ambos os sindicatos se mostraram indisponíveis para comentar.

Tiago Dias
Foto: SXC