O Governo apresenta hoje, terça-feira, o balanço das medidas contra a seca levadas a cabo em 2005 e as linhas de acção para este ano, que pode voltar a ser marcado pela escassez de água. Segundo dados do Instituto da Água (INAG), citados pelo jornal “Público”, entre 1 de Outubro e 14 de Janeiro, a precipitação acumulada no país somou 72% da média das últimas seis décadas.

Deverá ser mantida uma estrutura semelhante à Comissão para a Seca 2005, que produziu relatórios quinzenais e acompanhou o problema.

A Quercus alerta hoje, em comunicado, que há o risco de o cenário este ano ser “mais grave que a de 2004/2005”. Por isso, a associação ambientalista defende cinco medidas prioritárias.

A Associação Nacional de Conservação da Natureza defende que “os cidadãos devem começar a receber informação sobre como podem poupar água com a sua factura de água” e que “cada entidade gestora deve anunciar as perdas de água no seu sistema de abastecimento, identificar as razões e mostrar o progresso”.

A Associação Nacional de Conservação da Natureza diz ainda que é necessário alterar a tarifação da água, “reflectindo a dimensão do agregado familiar e penalizando fortemente os grupos consumos”.

Outra prioridade, para os ecologistas, é o “tratamento adequado” de águas residuais para que possam ser utilizadas noutras situações.

A Quercus critica ainda o facto de o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água, aprovado em Junho, continuar “por aplicar”, e exige a aplicação dos 260 milhões de euros anunciados pelo Executivo.

“A Quercus quer saber qual o ponto de aplicação de cada uma das 87 medidas previstas com a maior brevidade possível”, afirmam os ambientalistas na nota.

JPN
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