Um relatório das chefias das forças de segurança britânicas defende a continuidade da actual política de disparos da polícia. Mantêm-se as instruções para disparar sobre qualquer indivíduo suspeito de ser um bombista suicida.
Este relatório surge na sequência da morte de Jean Charles de Menezes, brasileiro emigrado em Londres, abatido pela polícia inglesa no dia seguinte aos atentados de Julho passado. Menezes foi morto por polícias que tinham a informação de que o brasileiro preparava novos ataques sobre o Metro de Londres, facto que, posteriormente, viria a revelar-se errado.
Em curso mantém-se um inquérito oficial para o esclarecimento da morte deste cidadão brasileiro.
Com a visita do presidente brasileiro, Lula da Silva, ao Reino Unido, a discussão em torno deste tema voltou à ordem do dia. Os familiares de Menezes exigem um encontro com Lula, que tem procurado evitar o tema nos encontros oficiais que manteve com as mais altas figuras do Estado britânico.
A política de disparos da polícia britânica é alvo de críticas por parte de diversas associações de defesa dos direitos humanos, que apontam o dedo à “falta de democracia” do processo de tomada da medida.