Oficiais protestam em seis cidades do país. Plataforma sindical das forças policiais entrega abaixo-assinado no Governo Civil do Porto.

Algumas dezenas de agentes da PSP e da GNR concentraram-se hoje, terça-feira, em frente ao Governo Civil do Porto. No topo das reivindicações está a revisão da idade estabelecida para a reforma e aposentação.

Nos 10 pontos que integram o abaixo-assinado entregue a Isabel Oneto, governadora civil do Porto, constam ainda o acesso aos serviços de saúde ou o pagamento das horas extraordinárias, trabalho nocturno e trabalho realizado aos fins-de-semana e feriados.

A plataforma sindical presente agrupa quatro sindicatos das forças policiais. Em declarações ao JPN, Manuel Carneiro, presidente do Sindicato Independente da Carreira de Chefes de Polícia, afirmou que “o director nacional da PSP, Orlando Romano, nunca defendeu os polícias. E por isso, os oficiais estão afastados do seu director”.

Josué Santos, secretário regional do Sindicato dos Profissionais da Polícia, adianta que o “Governo não pode continuar a ser autista”. O sindicalista admite que “os oficiais só querem ser tratados como os restantes funcionários públicos”.

Luís Cruz, oficial da PSP há dez anos, disse ao JPN que está arrependido pela opção profissional que tomou. O polícia garante que, tal como os seus colegas, anda na rua “desmotivado e angustiado”. Já Rui Jesus, oficial da PSP há oito anos, acrescenta que “o director nacional da PSP apenas tem zelado pelos seus próprios interesses”.

As plataformas sindicais prometem continuar com os protestos nos próximos meses.

Ivo Adão