O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve ontem, quarta-feira, dois funcionários da instituição, um elemento do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) e uma advogada. Os quatro detidos vão ser hoje interrogados no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Segundo o director regional do SEF-Norte, Eduardo Margarido, a investigação, denominada “Operação Ícaro”, já decorria há cerca de quatro meses e vai continuar “para sedimentar a prova recolhida e eventualmente detectar outras situações que possam ocorrer com esta temática”.
De acordo com um comunicado do SEF divulgado hoje, “os suspeitos detidos encontram-se indiciados pelos crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção, violação de segredo por funcionário, favorecimento pessoal e falsificação de documentos”.
Eduardo Margarido afirmou ao JPN que não acredita que haja mais casos deste género dentro da instituição e refere que com esta operação terão sido “eliminados de facto” os elementos que se dedicavam a estas acções.
Foram também executados 17 mandados de busca, 10 deles em “empresas e serviços públicos”, entre os quais o próprio SEF e o IDICT, no âmbito da “Operação Ícaro”.
