O Festival Gouveia Art Rock abre as portas no próximo sábado. O certame entra já na sua 4ª edição, o que revela não só uma certa maturidade na organização no evento, como também o sucesso junto ao público português e não só.

O festival possui uma temática pouco abordada a nível internacional, dedicando-se exclusivamente ao rock e jazz mais alternativos, progressistas e experimentais.

A abertura da edição deste ano cabe aos franceses Taal, um dos expoentes do prog-metal sinfónico, cuja diversidade de influências e instrumentações se equilibram com guitarras pesadas e instrumentos de sopro. Dos Estados Unidos estará presente o “cantautor” Mathew Parmenter, um autêntico “performer” conceptual de cariz psicadélico de devaneios improvisados e executante de toda uma panóplia de variados instrumentos. Também os Present, epteto belga fundado em 1974 por Roger Trigaux, irão expôr a sua perspectiva sobre o rock progressivo, numa vertente mais obscura e inspirada no pós-modernismo do século XX.

O cabeça de cartaz do primeiro dia do festival será Peter Hammill. O consagrado líder dos Van der Graaf Generator, estará presente a solo num registo íntimo e melódico que caracterizam as suas extensas baladas baseadas em piano e guitarra.

Frieza nórdica e “krautrock” no segundo dia do festival

Os suecos Anekdoten e os finlandeses Alamaailman Vasarat irão dar uma vertente mais étnica ao festival, através da compilação de vários sons tradicionais de múltiplas culturas numa base rock sinfónica em que não faltarão incursões pelo jazz.

Já os Amon Düül II nasceram de uma comunidade artística e política que nos anos sessenta gravaram uma longa sessão ao vivo de carácter improvisativo. A banda emergiu no âmbito do rock alemão (ou “krautrock”) com o álbum excêntrico e psicadélico “Phallus Dei” de 1969.

Os concertos realizam-se nos palcos do Teatro-cine de Gouveia e os nomes presentes prometem casa cheia em todas as actuações.

André Sá
Foto:DR