Luís Carlos Santos e Euclides Tavares foram condenados a 23 e 19 anos de prisão, respectivamente, pela morte do agente da PSP Irineu Diniz, a 17 de Fevereiro do ano passado. A sentença foi lida hoje no Tribunal da Boa Hora em Lisboa.

Os arguidos terão também que pagar uma indemnização de 50 mil euros à família do agente Ireneu Diniz e 3.740 euros ao agente da PSP Nuno Saramago, que sofreu ferimentos ligeiros durante o tiroteio.

Luís Carlos Santos, de 41 anos, foi condenado por todos os crimes de que era acusado: um crime de homicídio qualificado em co-autoria e na forma consumada, um crime de homicídio qualificado em co-autoria e na forma tentada, um crime de detenção e uso de arma proibida em autoria material e na forma consumada, e um crime de dano em co-autoria e na forma consumada.

Euclides Tavares, de 21 anos, foi acusado de um crime de homicídio qualificado em co-autoria e na forma consumada, um crime de homicídio qualificado em co-autoria e na forma tentada, um crime de detenção ilegal de arma de caça em autoria material e na forma consumada, e um crime de dano em co-autoria e na forma consumada.

Nas alegações finais, a procuradora Natália Lima salientou que os dois arguidos “actuaram com perversidade, censurabilidade e frieza” e pediu um cúmulo jurídico de 25 anos de prisão (pena máxima) para Luís Carlos Santos, considerando “agravantes” os antecedentes criminais do arguido e uma prisão inferior a 25 anos, “mas não menos de 20 anos”, para Euclides Gonçalves Tavares, atendendo à idade do arguido.

O agente Ireneu Jesus Gil Diniz, de 33 anos, foi atingido mortalmente por vários disparos de arma automática e de caçadeira quando seguia num carro patrulha da PSP que circulava na madrugada de 17 de Fevereiro de 2005 no bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora.

Paula Coutinho
c/ Lusa