Começa amanhã, quarta-feira, mais uma edição dos Festivais Gil Vicente, que se vão realizar em Guimarães. Para Fátima Alçada, da organização do evento, os Festivais “são importantes porque condensam no tempo e no espaço uma oferta variada de peças de teatro”.

O certame, que já se realiza na cidade-berço há 19 anos, de forma contínua, e que termina no dia 17 deste mês, é organizado pela cooperativa A Oficina, Câmara de Guimarães e pelo Círculo de Arte e Recreio.

Segundo Fátima Alçada, os sete espectáculos que vão animar a cidade durante duas semanas, vão primar pela contemporaneidade das peças apresentadas. A organizadora diz que “o certame apresenta propostas de igual qualidade mas com diferentes abordagens e géneros”.

“Espera-se uma boa afluência de público, tal como tem acontecido nos últimos anos”, realça. “O espaço agora vai ser mais restrito porque quase todos os espectáculos vão realizar-se no Centro Cultural Vila Flor, que foi inaugurado em Setembro”.

O espectáculo que, para Fátima Alçada, assume uma maior importância será a peça “Via Dolorosa”, que vai decorrer na sede do Círculo de Arte e Recreio. “É especial porque tem umas características particulares. Trata-se de uma peça interpretada e encenada por Carlos Afonso Pereira e que só foi feita em Lisboa, no Hospital Júlio de Matos. O público é convidado a seguir o actor pela casa e intervém na peça”, pormenoriza.

Fátima Alçada destaca ainda o debate que vai decorrer na quinta-feira, pelas 17h30, sobre o meio que envolve o teatro e que contará com a presença do encenador Carlos Afonso Pereira e do dramaturgo Jacinto Lucas Pires.

Os bilhetes para todos os espectáculos custam cinco euros ou três euros (estudantes, pessoas com mais de 65 anos e sócios do Círculo de Arte e Recreio).

Catarina Abreu
Foto: DR