O “Prémio Nacional de Inovação Ambiental” foi atribuído a uma equipa de investigadores da Universidade do Minho (UM) que criou um reactor anaeróbio de manto de lamas invertido.

Madalena Alves, que liderou a equipa de investigadores, explica ao JPN que o reactor permite tratar efluentes industriais com muita gordura e transformá-los em biogás.

“As gorduras produzidas pelos matadouros, refinarias de óleo ou empresas de conservas são bastante poluentes e não tinham destino, já que os aterros sanitários têm um impedimento legal para aceitar este género de substâncias. Era um grave problema ambiental”, explica Madalena Alves.

A especialista salienta que “ainda não há nenhuma tecnologia que solucione o problema e o reactor criado pela UM apresenta-se como uma resposta”. Com o novo dispositivo é possível aproveitar os efluentes para a produção de energia.

A patente do reactor já foi pedida em Novembro e encontra-se em fase de aprovação. Segundo Madalena Alves, “o próximo passo é a criação de um protótipo, que estará pronto no final do ano, para que seja testado em ambiente industrial”.

Com o prémio no seu palmarés, a UM torna-se numa candidata ao EEP (European Environmental Press Award) deste ano. O Prémio Nacional de Inovação Ambiental é uma iniciativa da revista “Indústria e Ambiente” e serve como uma selecção de candidatos ao prémio europeu.

Catarina Abreu
Foto: DR