Um ano depois, o Reino Unido recorda os atentados terroristas em três estações de Metro e num autocarro em Londres. Quatro explosões em 51 minutos resultaram em 56 mortos e 700 feridos.

Hoje, ao meio-dia, o país cumpriu dois minutos de silêncio para marcar a dimensão nacional dos ataques bombistas. Ao fim da tarde, os britânicos vão construir um memorial com cravos vermelhos no Regents Park, em Londres. O memorial ficará exposto durante todo o fim-de-semana e cada londrino poderá acrescentar uma flor em memória das vítimas.

Quatro velas foram colocadas na catedral de St. Paul, à mesma hora de cada atentado do ano passado. Serão, ainda, colocadas placas em todos os locais onde houve bombas.

A BBC difundiu ontem um novo vídeo de um dos bombistas suicidas, responsáveis pelos ataques. Shahzad Tanweer, de 22 anos, afirma que os atentados de há um ano eram “apenas o início”.

Sobreviventes dos ataques afirmam que há perguntas ainda por responder sobre o dia que ficou conhecido por 7/7, exigindo a abertura de um inquérito. Também a comunidade muçulmana, cerca de um milhão e 800 pessoas, manifesta-se indignada e sente-se alvos da perseguição policial. A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, alvejado pela polícia numa estação de metro, ajudou a alimentar esse sentimento.

Um ano depois, foram recolhidos mais de 10 mil depoimentos e seguidas pelo menos 12 mil pistas, mas a polícia britânica não acusou, formalmente, ninguém pelos atentados.

Carina Branco
Foto: London Underground