29 dias depois do início do conflito, o gabinete de segurança de Israel decidiu, esta quarta-feira, prolongar a ofensiva militar no sul do Líbano pelo menos um mês, informou o ministro do Comércio e Indústria, Eli Yishai.

O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa, Amir Peretz, têm luz verde para determinar as características do ataque e já autorizaram as tropas a avançarem até ao rio Litani, a 30 quilómetros da fronteira israelo-libanesa.

Nesta altura, há cerca de dez mil soldados israelitas a combater as milícias do movimento xiita libanês Hezbollah no sul do Líbano, o que levou as Nações Unidas a suspender o transporte de camiões com ajuda humanitária para o local.

Na madrugada de hoje, um ataque israelita matou um dirigente político do movimento libanês Hezbollah, Hassan Sader, a mulher e os cinco filhos. Durante esta noite, a aviação de Israel lançou 150 raides no sul do Líbano e disparou mais de três mil obuses.

Projecto de resolução vai ser emendado

A proposta de resolução franco-americana para o fim do conflito vai ser emendada, disse hoje o embaixador francês na ONU, Jean-Marc de La Sablière, no final de uma reunião entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e uma delegação da Liga Árabe.

Jean-Marc de La Sablière explicou que o projecto terá em conta as objecções das autoridades libanesas e da Liga Árabe e que, devido às mudanças, a proposta de resolução só deve ser aprovada no final da semana.

Avião israelita usou base das Lajes

Um avião militar de Israel fez escala na base das Lajes, nos Açores, na semana passada, com a autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

De acordo com fonte do MNE, citada pela Agência Lusa, qualquer escala de aviões tem que ser autorizada pelas autoridades portuguesas, ao abrigo dos acordos internacionais. Porém, em situações de conflito “há uma atenção especial”.

Carina Branco