O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) já comunicou à Universidade do Porto que o PIDDAC ( Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) do próximo ano vai contemplar as verbas para a construção dos novos edifícios da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do Instituto Biomédicas Abel Salazar, sem estarem sujeitas a concurso.

O reitor da UP, José Marques dos Santos (na foto), em entrevista ao JPN, confirmou que a Universidade do Porto (UP) recebeu a informação do MCTES de que no programa de investimentos da administração central “vão ser consideradas as verbas para as áreas das medicinas”, prometidas à universidade desde 2001.

Marques dos Santos “está confiante” que será mesmo desta vez que vão ser feitos os investimentos necessários, até porque “já há um papel escrito” que prevê os contratos-programa estabelecidos. Caso contrário, a resposta da UP, de acordo com o reitor, será “de protesto veemente, dado que se trata do não cumprimento de uma promessa de 2001”.

Faculdade de Psicologia sem Bolonha

O processo de Bolonha não deve mesmo passar pelos cursos da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. A Direcção Geral do Ensino Superior ainda não informou a UP da resposta ao pedido apresentado para que os cursos da área tenham mestrado integrado.

Para Marques dos Santos “seria contraproducente” fazer as alterações curriculares a poucas semanas do início do ano lectivo. No entanto, esta questão “não preocupa muito” o reitor. “Neste momento o que é importante é a forma como cada curso se vai adaptar ao Processo de Bolonha”, conclui.

João Queiroz
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Foto: Joana Beleza/Arquivo JPN