A primeira pós-graduação portuguesa em medicina tradicional chinesa arranca hoje, sexta-feira, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto. É também a primeira pós-graduação nesta área a realizar-se numa universidade pública da Europa. Terá três semestres e conta com 27 alunos.
“Temos no nosso perfil [do ICBAS] um espírito inovador”, afirma o coordenador da pós-graduação, Jorge Machado. O conselho científico do ICBAS aprovou por maioria a criação do curso, depois de um trabalho preparatório de quatro anos, que envolveu “workshops” e aulas práticas sobre o tema para sensibilizar alunos e docentes. Neste processo, teve particular importância o alemão Henry Greten, que dirige a comissão coordenadora do curso.
Tratava-se de “uma novidade que interessava explorar”: “encaminhar isto para uma vertente científica, que não fosse só mezinhas”. A criação da Sociedade Académica Portuguesa de Medicina Científica Chinesa do Porto, sedeada no ICBAS, em 2004, facilitou a credibilização do ensino destas práticas médicas no seio do instituto.
Estudos recentes “permitiram construir um modelo fisiológico desta arte clássica da cura compreensível para o pensamento ocidental”, afirma a UP em comunicado.