A "carruagem ainda está a andar", mas a crescente oferta já chama mais jovens ao centro da cidade.

Mais que um negócio, o comércio e oferta cultural alternativos, que vão despontando pela Baixa do Porto, contribuem para o rejuvenescimento da cidade. A Fábrica de Som e a Vícios são dois novos espaços que se juntam aos que abriram na Rua do Almada nos últimos anos.

São espaços de comércio alternativo, de carácter musical ou de divulgação da cultura urbana. Mais importante do que a preocupação com uma designação objectiva, os jovens que lideram estes projectos querem sobretudo expandir horizontes e realizar actividades diversas que agradem e cativem o público, devolvendo-lhe uma Baixa menos degradada.

“Apoiamos o rejuvenescimento da Baixa, que tem vindo a melhorar mas que precisa de mais apoios porque há ainda muito a explorar. Todas as iniciativas que pretendem dar vida ao Porto são bem-vindas. Esta cidade tem carisma e preservando a parte antiga e histórica, associando-a aos dias de hoje, é possível fazer coisas espectaculares, não só na música mas em todas as áreas”, afirma Nuno Rocha, da Fábrica de Som.

Ricardo Cardoso revela como encara o desafio que lhe foi proposto quando foi convidado para gerir a Vícios. “Já fui cliente deste tipo de iniciativas e aceitar esta proposta foi quase como um acto revivalista. Claro que custa a implementar, é uma carruagem que ainda está a andar, mas é bom para o centro do Porto porque lhe dá outra alma”.

Sandra Pinto
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