A direcção da Universidade Independente (UNi), em Lisboa, foi demitida esta segunda-feira por alegada “gestão danosa”. O vice-reitor, Rui Verde, foi demitido, ao lado de mais 20 pessoas, entre académicos e membros da direcção da SIDES, a empresa proprietária da universidade. As aulas ficam suspensas até 6 de Março.
Ao “Diário de Notícias”, o reitor da UNi afirmou ter demitido Rui Verde por “não respeitar os órgãos oficiais e legítimos da instituição”. “Tenho provas de que ele roubou a universidade e documentos em que ele falsificou as assinaturas”, disse. Segundo Luiz Arouca, Rui Verde tem pendentes mais de 40 processos-crime.
Em declarações à TSF, Luiz Arouca explicou que “houve uma Assembleia Geral na qual um novo grupo de accionistas tomou poder, em eleições livres, conseguindo assim afastar o grupo do professor Rui Verde e da sua máfia que durante estes anos impediu que a parte científica da universidade se desenvolvesse”.
Rui Verde critica o facto de não ter sido convocado para essa Assembleia Geral, que terá acontecido esta segunda-feira. O ex-vice-reitor da UNi, que está na direcção da instituição privada desde a sua fundação, em 1993, e mais três colaboradores directos foram impedidos de entrar esta manhã na universidade.
O Conselho Administrativo da UNi reúne esta terça-feira e deverá nomear um novo director executivo.
Segundo a SIC, há suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capital, falsificação de assinaturas e até de alegados tráfico de diamantes. As alegadas irregularidades estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária.
“Depois de o que aconteceu na Universidade Livre e na Universidade Autónoma, o professor Luiz Arouca arranjou pela terceira vez confusões variadas. Não se consegue estabilizar em lado nenhum”, acusou à TSF Rui Verde, para quem está em curso uma “luta pelo poder”.
À Lusa, Rui Verde, também presidente da direcção da Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior (SIDES), afirmou estar a aguardar “instruções judiciais” para decidir o que vai fazer.