A adopção de uma lógica científica é a grande novidade da 5ª edição da Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto (UP), que arranca esta quinta-feira e termina domingo, no Pavilhão Rosa Mota.

“A ideia foi fazer uma integração muito maior entre as diferentes áreas. Enquanto que nas mostras anteriores havia uma lógica que era fundamentalmente institucional, agora houve o cuidado de misturar todas as unidades da UP segundo a sua lógica científica”, explica Paulo Gusmão, da organização.

Com este novo figurino, o visitante vai poder obter informação sobre cursos ou esclarecer dúvidas, ao longo de um único corredor, enquanto mais de metade do pavilhão vai estar reservado à “experimentação, descoberta e investigação”.

Esta mudança de lógica na organização do espaço surgiu da necessidade de renovar e aperfeiçoar a forma de apresentação da universidade. Houve ainda uma preocupação comum a todas as faculdades, que “tentaram mostrar de forma atractiva a sua área científica ou de conhecimento”, refere Paulo Gusmão.

Quanto à adesão do público, o responsável afirma que “o público geralmente não é atraído pelo que está cá dentro mas pela forma como isso é anunciado”. “Este ano estou preocupado, porque temos vindo a registar um decréscimo significativo das escolas do ensino básico e secundário”, reconhece.

Paulo Gusmão adianta que, este ano, está previsto receberem, no mínimo, um terço das escolas que visitaram a mostra no ano anterior. O argumento apresentado à organização prende-se com “uma certa retracção por parte dos professores em realizarem visitas para o exterior”.

A última edição da Mostra da UP contou com 12 mil visitantes. As expectativas para este ano voltam-se sobretudo para o fim-de-semana. “Apesar da retracção do número de escolas, estou convencido que vamos ter muitos visitantes”, conclui Paulo Gusmão.