O Ministério da Administração Interna (MAI) lançou oficialmente, esta quarta-feira, o blogue “A Nossa Opinião” e um novo “site“, com novas funcionalidades, como vídeos, sons e um fácil acesso a documentos oficiais. É a primeira incursão do Governo português na blogosfera.

A iniciativa surge da “preocupação de interactividade como um dos princípios fundadores de toda a nossa presença na Web desde sempre”, explica ao JPN o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães. “Fico francamente babado por termos conseguido levar o anúncio desta novidade a muita gente, mas estamos a começar. É o começo do começo”.

O blogue pretende difundir a posição do MAI acerca do que é veiculado nos meios de comunicação social. “Quando temos uma opinião formada sobre uma matéria, não a escondemos. [O blogue] Não é contra a opinião de ninguém, é normalmente em diálogo, de forma civilizada, cordata, criativa, de discussão de ideias, sem ataques. O nosso estilo é dialogante e democrático”, explica o secretário de Estado adjunto.

O blogue assenta para já no uso limitado de “links” e vídeo. Pretende-se, com o passar do tempo, que a utilização destas ferramentas seja feita de forma mais recorrente.

Na Web “não há coitadinhos”

O blogue tem uma particularidade: não permite comentários por parte dos leitores. José Magalhães argumenta que quem quiser opinar sobre algum conteúdo do blogue, tem a hipótese de o fazer através do “site” do MAI. “Temos múltiplas ferramentas de interacção, desde e-mail e fóruns de discussão, até a possibilidade de importar, replicar e fazer circular, para dizer bem ou mal”, defende.

“Hoje na Web não há coitadinhos. Quando discordamos de uma coisa, criamos um blogue e dizemos o que temos a dizer. Não há nunca penúria de diálogo e discussão e não há auto-vitimização”, esclarece José Magalhães.

“Site” reformulado

A reestruturação do “site” é, para o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, “uma decisão necessária e natural”. “Estava na altura de fazer uma reformulação, não só da estrutura do ‘site’, para o tornar completamente claro e intuitivo e com uma orientação fácil para os interessados”, justifica.

“Nada mais natural que o ministro do governo electrónico ter um ‘site’ apresentável, correcto, para interagir com os cidadãos”, remata José Magalhães.