Serpa foi o local eleito para receber a maior central solar fotovoltaica do mundo. A obra, que envolve um investimento de cerca de 60 milhões de euros, foi inaugurada esta quarta-feira, e resulta de um consórcio entre duas empresas americanas e uma portuguesa: a GE Energy Financial Services, a PowerLight Corporation e a Catavento Lda, respectivamente.
Instalada numa área de 60 hectares, dos quais mais de metade (32) estão cobertos por 52 mil painéis fotovoltaicos, a Central Solar de Serpa é a maior do mundo. Tem instalada uma capacidade de 11 megawatts, quase o dobro do que suporta a central que era, até agora, a maior e que se situa na Alemanha.
A central vai produzir 20 gigawats/hora de energia por ano. Sem despesas de fuel ou emissões, essa produção será suficiente para abastecer oito mil habitações e economizar mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa, relativamente à produção equivalente a partir de combustíveis fósseis, de acordo com afirmações de Piero del Maso, responsável da Catavento.
Com uma tarifa de 0,31 euros por quilowatt por hora, a central irá vender energia à rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos, contribuindo para “reforçar o compromisso de Portugal em apostar em energias renováveis limpas e fiáveis, como a solar”, acrescentou Piero dal Maso. Trata-se, pois, de um passo importante também para o ambiente.
A construção da obra envolveu cerca de 200 trabalhadores, mas vai criar apenas cinco postos de trabalho permanentes.
Além da portuguesa Catavento, intermediária do projecto e encarregue da gestão da central, estão envolvidas a General Electric, financiadora e proprietária, e a Powerlight, empresa fornecedora mundial de sistemas de energia solar, que vai operar e manter a central.