As vozes dos manifestantes eram já ouvidas antes mesmo de se chegar à Avenida dos Aliados. A manifestação dos alunos do ensino secundário do Grande Porto começou às 9h30 da manhã desta quinta-feira, reunindo cerca de 300 estudantes de escolas secundárias do Porto e concelhos limítrofes.

Nos cartazes e nas palavras de ordem estavam presentes bandeiras antigas: o fim dos exames nacionais e das aulas de substituição, a necessidade de uma avaliação contínua durante o ano, a implementação da educação sexual nas escolas e melhores condições nas instalações.

As escolas António Sérgio (Gaia), Aurélia Sousa e António Nobre (Porto) e Secundária de Rio Tinto foram algumas dos estabelecimentos representados na manifestação. “Educação sexual sim, avaliação não” ou “Educação não é um negócio” foram frases presentes nos cartazes exibidos pelos estudantes.

Ricardo Marques, aluno do 12º da escola Aurélia Sousa, foi um dos organizadores da manifestação. A luta dos alunos tem como objectivo “conseguir uma educação pública com qualidade para todos”, destacou. “Se as nossas aspirações não forem concretizadas partiremos para novas manifestações”.

“Vim manifestar os meus direitos de aluno”, disse ao JPN Manuel Santos, da escola António Sérgio. “Sou contra as aulas de substituição e queria aulas de educação sexual”, respondeu Jorge, aluno do 11º ano em Rio Tinto. Ana Rita, aluna da António Sérgio, pensa que “as aulas de substituição não têm lógica nenhuma”.