Futebol americano é um desporto duro que exige "muita vontade e dedicação".

“O desporto vive da espectacularidade, dos impactos, do barulho dos equipamentos, mas é mais espectacular do que violento”, diz Daniel Corrêa, presidente dos Porto Renegades, a primeira equipa de futebol americano a surgir em Portugal.

Dos 25 jogadores em campo, cerca de 85% são estudantes universitários. Corrêa afirma que muita gente ainda associa o futebol americano a um desporto violento. “É duro, mas com boa preparação e com as protecções que temos, não é assim tão duro”, afirma.

Tal como acontece em todos os jogos em que existe contacto físico, no futebol americano as estrondosas placagens dão algumas vezes origem a lesões, mas a vontade de jogar e levar a bola oval laranja da modalidade até à zona de finalização quase que anestesia a dor. Exemplo disso é Nelson Fernandes, que, mesmo lesionado, não deixa de ir aos treinos.

Para evitar ou minimizar as lesões, os jogadores usam um equipamento específico. Cada jogador tem que comprar o seu próprio equipamento que ronda os 250 euros e que não existe em Portugal.

Para se ser um Renegade, “é preciso muita vontade e dedicação”, diz o presidente da equipa. “A nível de idades, claro que preferimos pessoas com mais de 18 anos por causa das responsabilidades civis. No entanto, temos alguns jogadores com 17 anos e também pessoas com quase 40”.