A Google anunciou esta segunda-feira que pretende tornar disponíveis “milhões de páginas de arquivos de jornais”, digitalizando as edições históricas dos jornais que queiram ser parceiros da empresa nesta iniciativa.
“Durante mais de 200 anos, assuntos de importância local e nacional têm sido transmitidos em edições impressas – desde revoluções e política a moda, até meteorologia local ou resultados de futebol de liceu”, escreve o gestor de produto Punit Soni no blogue da empresa. “Por todo o mundo, estimamos que haja milhares de milhões de páginas de jornais contendo todos os artigos alguma vez escritos. E o nosso objectivo é ajudar os leitores a encontrarem todos eles, do mais pequeno jornal local até ao maior diário nacional”.
A Google, que recentemente lançou o seu próprio browser, tem um motor de busca destinado à pesquisa de arquivos jornalísticos que conta como parceiras publicações como o “The New York Times” ou o “The Washington Post“. O objectivo é expandir a iniciativa a outros jornais e empresas.
“O problema é que muitos destes jornais não estão disponíveis online. Nós queremos mudar isso”, afirmou Punit Soni. A empresa vai suportar os custos do processo de digitalização e pretende começar, com o tempo, a cruzar os resultados deste arquivo com os da própria Google.
“Este esforço é apenas o começo. À medida que trabalhamos com mais e mais editoras, ficamos mais próximos do nosso objectivo de tornar milhares de milhões de páginas de jornais disponíveis online“, afirma a empresa.
Por agora, os parceiros da Google estão localizados apenas nos EUA e no Canadá – um deles, o canadiano “Quebec Chronicle-Telegraph”, é o mais antigo da América do Norte, encontrando-se em publicação contínua há mais de 244 anos.
A ideia de digitalizar o espólio de um jornal já tem sido desenvolvida por outras publicações na Europa, tendo como um dos melhores exemplos o “The Times” de Londres que tem disponíveis as suas edições desde 1785.