Todos os clubes nacionais que, até Maio deste ano, não regularizarem o pagamento dos salários em atraso aos seus jogadores não vão poder participar nos campeonatos profissionais da época 2009/2010. A decisão foi tomada esta terça-feira, em reunião de Direcção da Liga de Clubes de Futebol Profissional.
A medida – que ainda vai ser discutida em Assembleia Geral da Liga – vai de encontro aos apelos provenientes de vários quadrantes do futebol nacional. Ainda assim, Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), prevê que a solução não seja aceite de bom grado pelos clubes, com natural destaque para os devedores. “Têm que perceber que ou mudam ou estão a cavar a sua própria sepultura” alerta Joaquim Evangelista.
Ainda assim, o presidente do SJPF considera a medida “insuficiente”, apesar de “compreender a boa vontade da Liga. Também não vejo como é que a Liga poderá ir mais longe”, ressalva, antes de concretizar: “O ano passado exigiam-se os salários até Abril, esta é até Maio, se bem que agora não basta a declaração do PEC, é preciso uma certidão, e isso também pode introduzir mais rigor”, admite Joaquim Evangelista.
O representante dos futebolistas em Portugal também não entende a razão que levou a Liga a apresentar a medida isoladamente, quando poderia tê-lo feito juntamente com o Sindicato. Para Joaquim Evangelista, a solução deverá passar pela criação de um órgão de acompanhamento – constituído por membros da Liga e do Sindicato – ao qual competiria acompanhar a situação dos clubes ao longo da época.
Ao JPN, Joaquim Evangelista falou ainda de uma reunião de trabalho proposta pelo Presidente da Liga para a próxima semana. O encontro servirá para discutir medidas para a promoção de um melhor entendimento entre clubes e jogadores.
