Entre ver o Metro do Porto evoluir pelo Avenida da Boavista ou pelo Campo Alegre, Elisa Ferreira diz “não ter dúvidas”: “O metro na Avenida da Boavista não faz sentido nenhum!”, critica a candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal do Porto (CMP).
Para Elisa Ferreira, “não houve, até agora, um diálogo suficientemente calmo e conhecedor do dossier” que mais polémica tem gerado na discussão do traçado da segunda fase de expansão do Metro do Porto. Algo que a candidata atribui a “uma questão de teimosias”.
Sobre a discussão em torno do modelo de gestão do aeroporto Francisco Sá Carneiro, Elisa Ferreira defende que “o aeroporto tem de servir a região e pode fazer muito mais do que aquilo que está a fazer”. Para isso, a gestão da infratestrutura “deve passar pela comparticipação privada”.
As opções da candidata à CMP foram reveladas, esta quinta-feira, ao JPN, após a apresentação do Relatório Ferreira na Universidade Católica do Porto. O relatório consiste num conjunto de medidas para a recuperação económica europeia desenvolvidas pela – também – actual deputada e candidata socialista ao Parlamento Europeu (PE).
O Relatório foi aprovado a 11 de Março pelo PE e segundo Elisa Ferreira aposta em “alguma regulação, pois o mercado não se auto-regula” e em “intervenções preventivas e não apenas correctivas das autoridades públicas”.
“A Europa é dominada por lógicas excessivamente liberais”, assevera a autora, apelando ainda ao papel de Portugal e dos portugueses na afirmação e valorização do que “sabem fazer”. Produtos como o vinho do porto, o vinho verde, o papel higiénico (um “produto de luxo na Bélgica”) e as energias renováveis têm, segundo Elisa Ferreira, “potencialidades incríveis” de afirmação através do marketing.