A Metro do Porto adiantou que "mais de 70% dos trabalhos" estão completos e prevê que as vias e passeios da Avenida da Boavista deverão estar prontas até ao São João.

O metroBus é o novo veículo da rede de transportes da cidade do Porto. Foto: Metro do Porto

A linha de metrobus, que promete fazer a ligação entre a Casa da Música e a Praça do Império em 12 minutos, deverá iniciar a sua atividade já este verão. A Metro do Porto prevê que “todas as vias e passeios ao longo da Avenida da Boavista“, à exceção da zona da Estação Guerra Junqueiro, estejam prontas “até ao S. João“. 

Ao JPN, a Metro do Porto referiu que as obras na Estação Guerra Junqueiro vão estar concluídas apenas “em julho“, devido ao facto de a intervenção na estação ter “arrancado mais tarde que nas outras”

Até agosto, a empresa compromete-se também a terminar os trabalhos em “todas as vias ao longo da Avenida Marechal Gomes da Costa“. A mesma fonte referiu que, até ao momento, “mais de 70% dos trabalhos” estão completos.

As vias onde vai circular o metrobus da Boavista caminham, assim, para a sua conclusão, mas os veículos só deverão chegar no final do ano, o que não impedirá a circulação de começar. De acordo com o “Jornal de Notícias” (JN), o contrato de adjudicação das composições do metrobus está a aguardar a aprovação do Tribunal de Contas. Os dez metrobus só deverão chegar no final de 2024, sendo que a alternativa para começar a operação antes desse período poderá passar pela utilização de autocarros convencionais, disse o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, ao diário portuense.

O fornecimento e manutenção das viaturas vai ficar a cargo do consórcio formado pelas empresas Caetano Bus, DST Solar, Dourogás Natural, PRF e Bright City. De acordo com o “JN”, cada veículo terá capacidade para transportar 35 passageiros sentados e 98 de pé e estima-se que a vida útil destes veículos seja de 15 anos, podendo chegar aos 20 anos. Os veículos a hidrogénio e eletricidade vão ter autonomia para 495 quilómetros, dos quais 50 em modo elétrico.

Neste momento, as obras focam-se em intervenções na via e na construção das estações. “Alguns dos trabalhos em curso são complementares ao traçado e prendem-se com a instalação de pavimento tátil nos passeios e junto a zonas de atravessamento, instalação de pontos de resíduos sólidos urbanos, iluminação e sinalização“, explicou Tiago Braga.

O pavimento da via, onde vai passar o metrobus, vai ter uma cor semelhante à utilizada nos pavimentos das ciclovias para que os condutores possam distinguir as duas vias. Na Avenida do Marechal Gomes da Costa, automóveis e metrobus partilham o mesmo canal.

A segunda fase do projeto vai fazer chegar o metrobus à Rotunda da Anémona, em Matosinhos. A partir da estação de Pinheiro Manso, somam-se outras cinco estações: Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador.

Ao JPN, a Metro do Porto disse ainda que a ligação Boavista-Anémona está dependente dos “resultados do concurso público para a adjudicação e posterior consignação” da obra. Está previsto que esteja terminada “até final de dezembro deste ano“.

Editado por Inês Pinto Pereira