A mítica revista científica “National Geographic” já conta com 124 anos de história. Fundada em outubro de 1888 tem sido, desde sempre, o meio oficial da National Geographic Society. A própria sociedade foi fundada apenas nove meses antes da revista ser lançada pela primeira vez.

Em 1905 dá o salta para aquilo que é hoje: uma revista conhecida pelas imagens, mapas e pelo material fotográfico que apresenta. O ponto de viragem foi a publicação de fotografias tiradas no Tibete, em 1900 e 1901, por dois exploradores russos. Outro exemplo bastante reconhecido é a capa de junho de 1985, com o retrato da jovem afegã Sharbat Gula, redescoberta em 2002.

Tendo recebido já vários prémios continua a ser considerada um expoente de fotojornalismo. É publicada em 34 línguas diferentes e duas das suas edições são em português: para Portugal e para o Brasil. Contudo, o futuro da “National Geographic” parece passar pela total digitalização.

Em entrevista ao “The Wall Street Journal”, John Fahey, presidente da National Geographic Society pretende mais fotografia e melhores mapas na revista. A passagem para o meio digital tornar-se-á mais intensa para acompanhar os leitores no dia-a-dia.

A queda das vendas da edição impressa nos Estados Unidos da América foi o que potenciou esta viragem, assim como a tentativa de acompanhar as novas tendências tecnológicas. Em declarações ao mesmo jornal, John Fahey quer tornar o leitor da publicação mais jovem. Está a ser desenvolvida uma assinatura “Triple Play”, em que o assinante recebe a edição impressa, a digital e acesso aos arquivos da “National Geographic”.

Enquanto que nos Estados Unidos esta tendência vai levar ao fim da edição impressa, segundo o responsável, no resto do mundo as vendas por assinatura são mais altas. John Fahey declarou também que o objetivo é fazer com que as pessoas migrem para o digital o mais rápido possível, visto que o fim da edição impressa parece inevitável. Em Portugal, ainda não há informações sobre o assunto.