Perto da 01h00 da manhã, o Dragão Caixa estava quase vazio quando se ouviram os primeiros acordes dos “The Dirty Cool Train“. Durante o concerto, o público foi aparecendo e o ambiente aqueceu. Era a vez da banda de Coimbra que cresceu em Londres: “The Parkinson’s“. Outrora comparados a Strokes, marcaram a última noite com uma atitude rockeira e algum “moche”. O vocalista juntou-se ao público, no meio dos engenheiros.
Dirtyphonics não desiludiram e uniram os engenheiros num ambiente, no mínimo, eletrizante. A batida sentia-se por todo o solo e paredes do Dragão Caixa. Era impossível ficar quieto. O arraial continuou pela noite dentro com Master X e Dj’s garagem (B2B). Já com o nascer do sol, a cidade despede-se: “Até para o ano, Arraial!”.
6.ª edição com saldo positivo
Este ano, a associação contava com uma quebra na adesão ao Arraial. “Os estudantes cada vez têm menos dinheiro para este tipo de festas”, explica Hugo Carvalho, presidente da AEFEUP. Por isso, decidiu tomar medidas e baixou o preço do passe semanal e do bilhete diário, para que todos pudessem ir e “ninguém ficasse lesado”.
Mas a redução do preço acabou por compensar: foram vendidos cerca de 800 bilhetes semanais, quase o dobro em relação ao ano passado. O “Kit do Arraial” chegou mesmo a esgotar. No entanto, apesar do aumento na venda dos bilhetes semanais, este ano registou-se uma quebra na compra de bilhetes diários.
No recinto, as famosas barraquinhas feupianas continuaram a marcar presença. Este ano, eram 8. André Gonçalves, um dos estudantes responsáveis pelo “Bar Le Flat” diz que ter uma barraquinha “compensa sempre”. No entanto, “é preciso ter cabeça e não andar a oferecer bebidas a torto e a direito”, explica Pedro Figueiredo, da barraquinha de Electro.
Pelo Dragão Caixa, este ano, passaram cerca de 2000 pessoas por dia. O dia mais composto foi a sexta-feira, ao contrário do que era esperado. “Foi uma diferença histórica no arraial”, conta o presidente da Associação, que acredita que a atividade praxística “Comboio do Caloiro” afectou “a afluência ao arraial na quinta-feira”, dia em que eram esperados mais estudantes.
