António Magalhães é poeta, escritor e cronista. Nasceu em 1921, numa pequena aldeia dos arredores de Amarante, e desde cedo começou a colaborar em vários jornais regionais. Atualmente, mantém uma coluna no Jornal de Amarante.

Com 90 anos decide lançar o seu primeiro livro, mostrando que todas as resoluções são possíveis. “Nasci à beira dum rio” viaja ao longo de 50 anos de vida em 108 páginas e 45 poemas cheios de emoções fortes e capazes de mexer com a sensibilidade de cada um.

Solteiro e sem descendentes, para o poeta “o livro é como se fosse um filho”, já que encontrou na escrita a sua paixão. Se pudesse recuar no tempo, António Magalhães diz que tinha lançado o livro mais cedo, para que este lhe tivesse aberto outros horizontes.

Agora, não se considera “nem feliz, nem infeliz” – e muito menos poeta: “Não sei se sou. Sou sempre alguma coisa não é? Tenho emoção, sensibilidade, alguma coisa sou…”. Poeta ou não, A. Magalhães garante: “Quando não puder escrever morro, isso é fatal”.

No início deste mês, lançou ainda outro livro, apenas com contos de Natal.