Foi na Câmara Municipal do Porto (CMP) que decorreu, esta segunda-feira, a celebração das parcerias entre a International Business Machines (IBM), a CMP e Universidade do Porto (UP). Na cerimónia, foram dois os documentos assinados: um protocolo estabelecido entre a IBM e a Câmara do Porto, de acordo com o anunciado, “para o desenvolvimento de iniciativas a realizar no âmbito da criação de um Centro de Operações Integrado de cidades inteligentes” e para a “monotorização” de serviços; e um acréscimo a um protocolo já firmado entre a Universidade do Porto e a IBM, cujo objetivo passa pelo alargamento do protocolo já existente.

Na celebração, estiveram presentes Rui Rio,presidente da Câmara Municipal, José Marques dos Santos, reitor da UP, Sebastião Feyo de Azevedo, diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal.

Centro Operacional Inteligente

O protocolo assinado entre a CMP e a IBM prevê, ainda, a criação de um Centro Operacional Inteligente na “cidade, em colaboração com as forças vivas da cidade”. “Vamos procurar, numa primeira fase, integrar um conjunto de subsistemas que estão dispersos, de forma a poder ter informação e conhecimento mais atempado e depois poder agir com base nesse conhecimento”, afirmou António Raposo de Lima, salientando o objetivo de trazer um maior pragmatismo e eficácia aos processos.

Na primeira intervenção, Rui Rio afirmou a necessidade de ouvir e interagir com a população, comparando a Câmara Municipal a uma “empresa normal” e afirmando-a como um “grupo” que “carece também de regras de gestão”. É, por isso, necessário integrar e “melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços”, no sentido de, consequentemente, melhorar a “qualidade de vida”. A consciência da necessidade de uma Câmara a funcionar “cada vez melhor” e de agir de acordo com as exigências da cidade levou ao surgimento do protocolo de maneira a aproveitar as potencialidades da cidade.

Definida como “estrutural”, a iniciativa, segundo António Raposo de Lima, pretende , num esforço conjunto,”criar um ambiente, onde uma cidade como o Porto se possa mostrar cada vez mais inteligente”. O aproveitamento dos recursos é descrito pelo presidente da IBM como umas das principais potencialidade, de forma a tirar partido de um “mundo mais industrializado, conectado e mais inteligente” ao serviço dos cidadãos e das instituições.

Rui Rio: “A Universidade do Porto forma a principal matéria-prima da produtividade: o conhecimento”

Sebastião Feyo de Azevedo salientou a importância de a FEUP continuar a investir na investigação e produção de conhecimento. “Esta adenda vem fortalecer a nossa atividade e a mensagem, e o que nos resta, agora, é continuar a lançar a mensagem de que Portugal tem de passar para outro estágio”, afirmou, ao referir-se à “divulgação da instituição” e ao desenvolvimento das relações com as empresas, num comprometimento mútuo para a melhoria da “situação do Porto e de Portugal”.

Marques dos Santos terminou o leque de intervenções com a certeza de que a relação com a IBM terá “bons resultados”. A abertura ao exterior, tida como uma das metas da Universidade do Porto, comprova-se, de acordo com o reitor, aqui. Intervir socialmente é outro dos objetivos. “Estamos empenhados em contribuir para que o país se desenvolva”, afirma Marques dos Santos, apesar do contexto económico. O discurso terminou com a importância das relações de colaboração entre a CMP e a UP no desenvolvimento da região perante o exterior e para o futuro.