Carlos Rico encerra, esta terça-feira, o ciclo de conferências sobre “Jornalismo Especializado”, no pólo de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), para falar sobre reportagem de investigação.

Em entrevista ao JPN, Carlos Rico disse esperar uma sessão “muito participada” e com muitas questões. Mais do que uma “apresentação” do seu trabalho, o jornalista pretende “uma troca de experiências” com os participantes.

Distinções

Carlos Rico ecebeu o Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença, com o trabalho “Prisão Domiciliária”, tendo também sido distinguido com o 1º Prémio do Diálogo Intercultural da UNESCO em 2008, devido à reportagem “Escrito na palma da mão”.

No que respeita à temática em debate – a grande reportagem – Carlos Rico diz tratar-se de uma das áreas de especialização mais populares entre os jornalistas: “Para mim é [o género jornalístico por excelência]. Não há uma regra, mas a minha experiência diz-me que a reportagem – e dentro da reportagem, o jornalismo de investigação – é o objetivo de quem abraça a carreira.”

Apesar disso, “os orgãos de comunicação não poderiam dar-se ao luxo de ter só jornalistas de investigação”, acrescenta Carlos Rico, porque “todos os dias há noticiários para alimentar. O mundo não pára e o jornalismo de investigação tem tempos diferentes do jornalismo do quotidiano”, sublinha.

Carlos Rico afirmou ainda que o jornalismo de investigação feito em Portugal é “bom”, embora não exista “tanto quanto desejável”, tendo em conta a dimensão do país e as dificuldades enfrentadas pelas empresas de media. “Não é uma coisa barata de fazer”, concluiu.

“Curiosidade” e “atenção”, foram duas caraterísticas apontadas por Carlos Rico, para uma boa reportagem de investigação.