O FC Porto goleou, este sábado, a equipa do Nacional da Madeira por 7 – 0. A partir do primeiro golo, foi sempre a somar para os portistas, Óliver deu o mote, André Silva e Soares bisaram, Layún marcou de livre e Brahimi também ajudou à festa, numa noite marcada por bastante frio, que os golos no Dragão ajudaram a dissipar.
Eram números difíceis de antever, mas que confirmam o bom momento dos azuis e brancos na luta pelo título. O jogo ficou marcado também pelo regresso do árbitro Bruno Paixão ao Dragão — não apitava neste estádio há nove anos.
Futebol de ataque e show de Brahimi
Depois de um 4-3-3 mais combativo no Bessa, Nuno Espírito Santo voltou ao 4-4-2 e a lançar André Silva no onze, mantendo Óliver e André André. Registou-se ainda a presença de Depoitre no banco de suplentes, que já não via o nome na ficha de jogo há bastantes partidas. Do lado do Nacional, a novidade foi a inclusão no onze do médio egípcio Zizo.
Apesar do Nacional procurar trocar a bola quando a tinha, a aposta mais ofensiva do FC Porto começou-se a notar cedo. Aos 5 minutos, André Silva rematou de bicicleta ao lado da baliza de Adriano.
O FC Porto circulava a bola com velocidade, mas sem criar oportunidades muito claras. Brahimi passava pelos adversários com facilidade e aos 26′ rematou perto do poste de Adriano. Aos 30 minutos de jogo, os “dragões” chegam mesmo ao golo: o cruzamento rasteiro de Alex Telles permite a Óliver encostar para o fundo das redes do Nacional.
O golo acordou a equipa da casa que partiu para uma série de oportunidades de golo. A defesa visitante corta por duas vezes as hipóteses de pontuar de Brahimi. Na sequência de um canto, a defesa do Nacional tira também uma bola em cima da linha e impede o golo de Felipe. Aos 37′, Soares manda a bola por cima da baliza e aos 41′, André André obriga Adriano a voar. Em cima do descanso, Brahimi faz golo.
Segunda parte para entrar na História
Após o descanso, o Nacional volta a entrar cauteloso, mas o FC Porto esteve com a pontaria afinada. Aos 51′, André Silva volta aos golos ao emendar um cruzamento de André André. Apenas 4 minutos passados, Soares pica o ponto nesta jornada e marca pelo quinto jogo consecutivo, na recarga de um remate de André André.
Seguiu-se um dos poucos ataques do Nacional, com Danilo a fazer um grande corte para canto. Aos 59′, a primeira defesa de Casillas em resposta a um livre da equipa insular. Aos 62 minutos, Tobias Figueiredo é expulso por acumulação de cartões amarelos. Tinha visto o primeiro por protestos e vê o segundo por travar André Silva. Na sequência do livre direto, Layún faz o 5 – 0, não dando hipóteses a Adriano Faccini.
A segunda parte foi infernal para o Nacional e o FC Porto continuava a acumular oportunidades de golo. Vários cruzamentos sem ninguém a encostar e bolas cortadas pela defesa visitante. Aos 72′, Soares bisa com um remate forte em frente à baliza e aos 89′, André Silva fecha a contagem na recarga de um remate de Diogo Jota. Desde 1996 que um jogador português não marcava tantos golos pelo FC Porto.
Foi uma vitória sem contestação do FC Porto que chega à oitava vitória consecutiva. Os portistas não ganhavam oito jogos seguidos desde 2011 e não marcavam sete golos para o campeonato desde 1999. 39 mil espetadores assistiram a este jogo histórico no Estádio do Dragão.
“Ambição de querer mais”
No final da partida, Nuno Espírito Santo mostrou-se satisfeito com o resultado e com os seus jogadores: “Foi um bom jogo, uma boa vitória, com bom futebol e o Dragão merece esta vitória pelo apoio que nos deu”.
O técnico lembrou que há aspetos a melhorar, mas que o importante é os jogadores terem a “ambição de querer mais” e “potenciar esta noite”.
Levamos “porrada”
Jokanovic chegou à sala de imprensa visivelmente descontente com este resultado: “Foi uma noite muito má e temos que pedir desculpa”.
O técnico assumiu que “não esperava um jogo como este”, mas reconheceu que teve pela frente um “Porto muito superior, muito eficaz”. Lamentou, ainda a “facilidade” com que a sua equipa foi derrotada, no entanto referiu que quer ver uma resposta já no próximo jogo, frente ao Paços de Ferreira.
Artigo editado por Rita Neves Costa