Em novembro de 2016, na Maia, foi identificado na fábrica de componentes automóveis da Sakhti um caso de legionella. Na altura, as análises efetuadas na fábrica deram negativo, mas em fevereiro deste ano surgiram novos resultados que detetaram a bactéria. A situação foi divulgada esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Em declarações à TVI 24, o presidente do conselho de administração da Sakthi, Jorge Fesch, esclarece que “dos múltiplos reservatórios de água de que a empresa dispõe, há um dos reservatórios que, numa primeira análise, deu positivo em fevereiro”.

Segundo avança a estação, fonte do Ministério do Ambiente garante que mal foram notificados, todas as medidas de segurança foram imediatamente ativadas e que “o caso está controlado e mitigado”. Os técnicos da Inspeção-Geral do Ambiente já recolheram as amostras necessárias para definir os procedimentos a tomar, assim que haja resultados conclusivos.

Em declarações à TVI 24, Jorge Fesch diz que a empresa tem “conhecimento de um caso de legionella de um trabalhador em novembro de 2016 que já está recuperado” e garante que desde então foram reforçados “os tratamentos, a observância e o ritmo de análises cujos resultados têm sido sucessivamente negativos”.

A DGS divulgou ainda outros sete casos sob suspeita e investigação, mas Jorge Fesch diz que esses casos nada terão a ver com a Sakhti, pelo que pertencerão a outras empresas.

Em declarações ao mesmo órgão, o diretor-geral da Saúde, Francisco George, garante que “todas as medidas foram tomadas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências” e mais informou que “prosseguem os estudos em mais sete casos que foram diagnosticados nas últimas semanas”.

Segundo a Agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, não ficou satisfeito com o facto de a DGS não ter informado a autarquia sobre o caso de legionella anteriormente e diz que desta forma não tem “dados nem poder para por em acção os seus meios de Protecção Civil e defender os munícipes”.

Artigo editado por Filipa Silva