Joaquín “El Chapo” Guzmán, de 61 anos, foi considerado culpado de dez crimes pelos quais era acusado, entre os quais tráfico de droga, posse de armas ilegal, lavagem de dinheiro e esquemas de corrupção associados.

Após ser extraditado para os Estados Unidos da América (EUA) em 2017, o chefe do cartel de Sinaloa foi agora julgado pelo júri de um tribunal, em Nova Iorque, que considerou o mexicano ainda responsável pelos crimes de homicídio e violação de menores, segundo o relato das testemunhas que, durante onze semanas, relataram a vida que levaram ao lado do narcotraficante.

De acordo com a BBC, uma das testemunhas contou em tribunal que “El Chapo” mantinha uma sala (com isolamento acústico e equipamento de alta tecnologia) na sua mansão, no México, destinada a assassinar os seus inimigos sem deixar qualquer rasto.

Já Alex Cifuentes, considerado o “braço direito” do narcotraficante, revelou que Guzmán drogava e violava meninas menores de 13 anos e que o ex-presidente mexicano Peña Nieto, que governou o México entre 2012 e 2018, recebeu subornos de 100 milhões de dólares (aproximadamente 88,5 milhões de euros) do líder do cartel da Sinaloa.

A sentença final vai ser conhecida no dia 25 de junho e “El Chapo” arrisca pena de prisão perpétua. O julgamento iniciado em novembro do ano passado foi marcado pelo mediatismo em torno daquele que é considerado o maior traficante de droga após o colombiano Pablo Escobar, sendo que da acusação constam 300 mil páginas e cerca de 117 mil registos de áudio.

Joaquín “El Chapo” Guzmán nasceu em La Tuna, no estado de Sinaloa, México, em 1957 e já foi protagonista de duas fugas de cadeias de alta segurança no México.

Artigo editado por César Castro