A ponte móvel de Matosinhos reabriu ao final do dia desta terça-feira (11), após 42 dias encerrada para manutenção numa avaria nos cilindros do tabuleiro. A APDL – Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo, empresa gestora do Porto Leixões, anunciou que já se encontram “reunidas as condições para reposição do normal funcionamento da ponte móvel”.

Inicialmente, a entidade portuária comunicou que a ponte móvel de Leixões estaria encerrada ao “trânsito automóvel e pedestre” durante um mês. No final do mês de abril, a APDL viu-se obrigada a adiar a abertura da ponte por mais três semanas, depois de “detetada uma anomalia no cilindro norte-poente“, que obrigou à substituição de uma das suas rótulas. Os cilindros em questão são fabricados na Alemanha, de acordo com informações da APDL ao JPN. Os restantes órgãos da ponte têm fabrico nacional.

A reabertura da infraestrutura deu-se antes do prazo previsto e a circulação de viaturas e peões na ponte já se encontra normalizada. A APDL esclareceu ao JPN que a operação foi “mais célere do que o esperado” devido a uma mobilização “de todos os equipamentos e meios humanos necessários” para a intervenção. O custo total desta intervenção foi superior a 400 mil euros, segundo a APDL.

Esta segunda-feira, Álvaro Almeida, deputado social-democrata na Assembleia da República, e Bruno Pereira, líder do PSD Matosinhos, visitaram a ponte móvel e apontaram duras críticas à gestão feita pela APDL e exigiram ao governo soluções mais eficazes e alternativas para os matosinhenses.

É preciso uma solução que permita fazer a travessia para Leça sem necessariamente ter que recorrer à A28″, afirmou Álvaro Almeida.

Durante o período de manutenção da ponte, a travessia entre as duas margens foi assegurada gratuitamente pela APDL com transportes disponíveis 24 horas por dia, aos pedestres.

Desde a sua inauguração, em 2007, a ponte móvel já encerrou cinco vezes para obras de manutenção (2013, 2018, 2019 e 2020), sempre pelo mesmo motivo. Os sucessivos encerramentos causam engarrafamentos na A28, visto esta ser a única alternativa à infraestrutura. A APDL esclareceu ao JPN que o INEGI “encontra-se a liderar um grupo de trabalho que está a analisar a origem” das sucessivas avarias na ponte móvel.

Artigo editado por João Malheiro

Artigo atualizado às 16h21 com esclarecimentos da APDL ao JPN