A lista alternativa aposta numa série de propostas que pretendem resolver problemas estruturais, inovando na forma como se pretende atacar os problemas

Paulo Meireles é o candidato que pretende representar a alternativa de mudança para a AE de Direito. Para Paulo, a direcção que agora termina o mandato falhou nalguns pontos. “As ideias podiam ser boas, mas não conseguiram resolver.”
Em relação ao programa de candidatura, a lista A aposta essencialmente na resolução de problemas estruturais. À semelhança da lista X, a abertura de uma sala de estudo à noite ou o desbloquear do parque de estacionamento para os alunos são duas preocupações fundamentais. “São problemas relacionados com a mudança de instalações que esta não resolveu” afiança o líder.

As propostas da lista A incidem bastante sobre a política educativa. Paulo Meireles dá a entender que é preciso a abertura de todos para essas questões: “queremos promover uma política que favoreça o interesse dos alunos sobre o que se passa nos órgãos da faculdade. Pretendemos estabelecer uma postura de comunicação, abertura e disponibilidade com os alunos.” A proximidade com a direcção da faculdade é fundamental e à semelhança da lista adversária, também a lista A gostaria de ver a direcção instalada no novo edifício. Condição essencial para que se possam resolver algumas questões pedagógicas. “Há alguns atropelos ao sistema, critérios de avaliação errados que não estão previstos, por exemplo” garante Paulo.

“Não construímos uma lista popular mas sim competente”

A lista A considera ser possível um ensino sem propinas. Não inclui o tema no manifesto eleitoral pois está à espera de ver o que dá o projecto de Nuno Reis (presidente da FAP). Contudo, a questão faz parte do rol de preocupações da lista alternativa. Para Paulo Meireles, continuam a sobrar dúvidas sobre o que se está a pagar: “Temos é de saber se é uma taxa ou um imposto. É que sendo uma taxa, devemos ter um contraponto. Essa compensação seria um ensino de qualidade que não temos.
Sendo um imposto, então este tem de ser aprovado em Assembleia da República e não foi, foi decretado pelo governo. Nesse caso estamos perante uma ilegalidade.” A lista A promete continuar a lutar. O combate às propinas é uma luta antiga e que promete não terminar no próximo ano. Como essa questão há muitas e, talvez por isso, Paulo Meireles considera importante preparar o futuro da AE de Direito: “introduzimos na lista malta jovem que assegure sangue novo nos próximos anos”. A aposta é o futuro e porque o futuro é importante, o líder da lista faz uma aposta arrojada: “não construímos uma lista popular, pensada para vencer, mas sim eficaz e competente em caso de vitória.”

André Morais