Alberto João Jardim, acusou ontem, domingo, o presidente do PSD, Marques Mendes, de ser frágil. Em causa estão os comentários que o líder do PSD fez às declarações do governante madeirense, que afirmou, sábado, que “há uns bastardos na comunicação social do continente”.

“Há aqui uns bastardos na comunicação social do continente, e eu digo bastardos para não ter de lhes chamar filhos da puta, mas há uns bastardos na comunicação social do continente que aproveitaram este ensejo para desabafar o ódio que têm sobre a minha pessoa. Não lhes basta mentir sobre a Madeira e a minha pessoa”, disse João Jardim.

O responsável pelo Governo regional da Madeira adiantou, à margem de uma Feira de Vinhos que decorre no Funchal, que não se sente obrigado a pedir desculpas a quem pôs em causa na comunicação social o seu “direito adquirido” de receber a pensão de reforma.

“Pedir desculpas a quem?”, interrogou, acrescentando que, “para eles, o Alberto João não tem direito a comer, nem a vestir, nem a calçar”.

Lei é “inconstitucional”

Jardim considera “inconstitucional” a legislação que o Governo está a preparar sobre a acumulação de pensões de reforma com ordenados pelo desempenho de cargos políticos “porque não se pode legislar sobre direitos adquiridos”.

O líder do PSD Madeira considera que estas alterações ao regime de atribuição de pensões “são tontices que foram levantadas e deviam ser evitadas”.

Pedro Sales Dias
Foto: Expresso