Um homem de 61 anos morreu hoje, segunda-feira, no hospital depois de ter sido agredido na sexta-feira por um jovem encapuçado perto da casa onde morava em Stains, nos arredores parisienses.
Jean-Jacques Le Chenadec torna-se, desta maneira, a primeira vítima mortal das insurreições que se têm vindo a alastrar por toda a França e que tiveram o seu início há onze dias, depois da electrocussão de dois jovens nos subúrbios de Paris, quando alegadamente fugiam de um controlo policial.
São já perto de 300 as cidades francesas onde há registos de incidentes. O número de carros incendiados desde dia 27 de Outubro, quando tiveram início os motins, é de 4.700. Os jovens detidos, de acordo com o director-geral da polícia francesa, Michel Gaudin, são já 1.200.
Sampaio apela à integração
O Presidente da República, Jorge Sampaio, afirmou hoje que as sociedades modernas têm de garantir a “capacidade de integração” e a capacidade de “existirem minorias que se possam exprimir da forma que queiram”, para evitar que situações como a francesa se repitam.
Numa altura em que já há notícias em Berlim, Bremen e Bruxelas de carros incendiados na noite passada, são vários os países que recomendaram aos seus turistas que evitem as zonas dos tumultos. Austrália, Reino Unido, EUA, Canadá, Alemanha, Japão e Rússia são alguns dos Estados que já fizeram este aviso.
