A banda conta já com 27 anos de carreira. Yellow W Van também não decepcionaram na Queima do Porto.

A Queima das Fitas do Porto terminou ontem, sábado, com uma das maiores enchentes da semana. A causa de tanta afluência foi, obviamente, o concerto dos Xutos & Pontapés, que todos os anos angariam público que ultrapassa o âmbito estudantil.

Entre as clássicas e obrigatórias ” P’ra ti Maria”, “Homem do Leme” e “Chuva Dissolvente”, os Xutos conseguiram dar um espectáculo com novidades no alinhamento incluindo músicas do último álbum e um tema composto e executado por Zé Pedro.

A banda é provavelmente a que mais participação do público consegue, tanto no Porto como a nível nacional. Ontem não foi excepção e milhares entoaram a letra da maior parte dos temas tocados. Zé Pedro disse, em conferência de imprensa após o concerto, que os temas não são pensados e criados com consideração pela participação do público. “É impossível fazê-lo pensando no público, temos que ser os primeiros a criar, sem cair em rotinas. Quando escrevemos, não pensamos em quem ouve, criamos para nós”, referiu.

Yellow W Van deram concerto “divertido”

Yellow W VanOs membros dos Yellow W Van deram também uma conferência de imprensa relaxada em que descreveram a reação do público portuense como “um pouco fria ao início, mas que foi aquecendo ao longo do concerto”. A banda considerou o espéctaculo “divertido” e referiu que valeu a pena voltar à Queima do Porto após alguns anos de ausência.

A banda deverá lançar um novo álbum para Setembro, que será “menos rock, mais funk, menos contestatário, mais alegre”.

Outros eventos na Queima

Além dos concertos no palco principal, a Queima deste ano incluiu uma série de eventos paralelos que obtiveram uma boa aceitação do público. Além dos Art’ Emcena, um grupo de animação que cuspiu fogo e fez malabarismo entre as barraquinhas, também a tenda de jazz teve sucesso junto do público e manteve uma boa afluência ao longo da semana.

Flora, vocalista da banda Combo das 5, que ontem à noite interpretou temas clássicos do jazz, disse ao JPN que “há uma certa responsabilidade em divulgar o jazz como algo que não é elitista, que é aberto a toda a gente” e que tocar na Queima do Porto “é uma boa maneira de cativar o público”. Para o ano, em princípio, haverá mais público a cativar.

André Sá
Fotos: JPR