É certo que sabemos que um sorriso diz muito de nós: basta um sorriso para quem está ao nosso lado perceber que estamos felizes, ou nem tanto se o sorriso for “amarelo”.

Mas o sorriso é bem mais do que uma convenção social, pode ser sinal de saúde ou doença. E é quando entramos nesse campo que importa falar de implantes dentários e de quem precisa deles ou já recorreu a eles.

Os implantes podem substituir as próteses removíveis e, segundo os médicos dentistas e quem já recorreu a este sistema, trazem muitas vantagens. Em comparação com as próteses removíveis, os implantes possibilitam uma anatomia mais parecida com dente natural, e o facto de serem fixos possibilita uma melhor mastigação.

Os implantes são feitos em titânio porque é biocompatível para o organismo. Existe uma enorme variedade de implantes e muitas são as questões técnicas que acarretam. O “implante está ancorado no osso”, funciona como “substituição da raiz de um dente natural”, explica Florinda Pereira, assessora técnica de implantologia da Defcon.

Este processo é feito por fases. Numa primeira vez, colocam-se os implantes e só depois da cicatrização, que demora cerca de dois meses, se podem colocar as coroas. Mas antes de serem colocados os implantes devem fazer-se os devidos exames médicos.

Embora apresente poucos casos de insucesso, este processo pode apresentar alguns riscos, motivados por “mau procedimento cirúrgico”, refere a técnica, e ainda no caso de não haver uma desinfectação adequada do ambiente onde vai decorrer a cirurgia ou “se o paciente omitir” alguns factos como por exemplo, ser fumador.

Depois de ter um implante, o paciente não deve fumar e deve ter uma boa higiene oral, o que nem sempre acontece. “Mas hoje em dia já não há tantas falhas como há 10 anos atrás porque toda a gente está alertada, toda gente quer ter uns dentes bonitos e também se responsabiliza muito o paciente”, acrescenta Florinda Pereira. Para a assessora técnica, se forem bem feitos, “os implantes são dentes naturais”.

“Muitas vezes as pessoas perdem um dente e não se chateiam, põem uma prótese (removível) que é muito mais barato”. Mas “se passado 10 anos quiserem pôr um implante, é complicado. Como andaram com prótese isso faz com que haja uma perda óssea” e “chega a determinada altura e também não existem implantes para um osso muito fininho”, explica.

Mas não se pense que quem recorrer a implantes poderá ter uma dentição nova de um dia para o outro. “A estética imediata não é possível em todos os pacientes nem em todas as situações”. No entanto, no caso de um paciente fazer a extracção de um dente, “não vai sair do consultório sem dentes” mas com “uma prótese provisória”, explica Florinda Pereira.

Esta é uma técnica cada vez mais desenvolvida e utilizada pelas pessoas mas os implantes dentários não são para todas as bolsas. Quem necessita de recorrer à técnica de implantes deve procurar um bom especialista.

Um só implante pode custar entre 1500 a 2000 euros mas “nunca se colocam 32 implantes para uma boca toda”. “Um implante aguenta com 3 ou 4 dentes”, refere Florinda Pereira.

O JPN tem informação de que também é possível colocar implantes recorrendo aos serviços da Faculdade de Medicina Dentária mas os responsáveis pelo Departamento de Implantologia desta instituição negaram-se a qualquer declaração ou esclarecimento.

Paula Coutinho
Foto: DR