O Presidente da República reúne-se hoje, segunda-feira, com o primeiro-ministro, José Sócrates, e o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçada, para discutir o envio de militares para a Força de Interposição das Nações Unidas para o Líbano (FINUL).

Em cima da mesa estão os vários cenários possíveis da participação portuguesa na FINUL, que pode chegar aos 200 militares e que pode passar pelo envio de uma fragata ou de um subagrupamento mecanizado.

A colaboração na missão da ONU para o Líbano pode custar ao Estado mais de 12,5 milhões de euros, o mesmo que custa a manutenção de 160 homens no Afeganistão, avança a edição de hoje do Correio da Manhã.

Cavaco Silva só convocará o Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), órgão a que cabe a última palavra sobre os meios a disponibilizar para a FINUL, depois dos encontros com José Sócrates e o almirante Mendes Cabeçada.

Portugal comprometeu-se na passada sexta-feira, em Bruxelas, a participar FINUL, mas a decisão do Governo tem de ser confirmada pelo CSDN, presidido por Cavaco Silva, na sua qualidade de comandante supremo das Forças Armadas.

Reforço da FINUL no sul do Líbano dentro de uma semana

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, anunciou hoje ao primeiro-ministro israelita que a FINUL deverá chegar “dentro de cerca de uma semana” ao Sul do Líbano.

A força da ONU está no Líbano desde 1978, mas a resolução 1701 do Conselho de Segurança – aprovada a 14 de Agosto para cessar o conflito entre o exército israelita e o Hezbollah- alarga a missão. Os países europeus serão responsáveis por cerca de metade da força de 15 mil homens.

Carina Branco c/ Agência Lusa