Começou hoje a quinta edição do encontro anual do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses (FIIP) dedicada ao tema “Biomedicina: Investigação, Ensino e Impacto Social”. O Fórum reúne mais de duas centenas de investigadores portugueses de todo o mundo, que durante três dias vão debater o papel da biomedicina e comparar a realidade portuguesa nesta área com a de outros países mais desenvolvidos.

A sessão de abertura contou com a presença do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do reitor da Universidade do Porto (UP), José Marques dos Santos (na foto), do vereador da educação da Câmara Municipal do Porto, Gonçalo Gonçalves, e da directora do programa Ciência Viva, Rosália Vargas.

Irene Fonseca, organizadora do evento e coordenadora do Departamento de Matemática da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Estados Unidos, começou por justificar a escolha da cidade do Porto como anfitriã do FIIP. “Este Fórum é realizado este ano no Porto porque é uma cidade de excelência em termos de investigação, em particular na área da biomedicina, e na sua articulação com o ensino e a comunidade”, afirmou.

Reitor da UP desafia cientistas

Na assistência encontravam-se alguns dos mais conceituados investigadores portugueses. Consciente disso, José Marques dos Santos abriu aos cientistas as portas da UP. “Lanço o desafio para que venham ter connosco e colaborem nesta evolução da Universidade do Porto”, sugeriu o reitor. “Estamos interessados em acolher junto de nós alguns deles para dirigir centros ou programas de investigação”.

O reitor da UP destacou a importância da realização do FIIP no Porto, dado que a investigação é “um dos factores fundamentais” para cumprir o objectivo de “colocar a UP entre as 100 melhores da Europa”. Marques dos Santos enumerou ainda alguns programas de incentivo e de apoio à investigação que a UP tem criado, realçando o facto de este ano ter quadruplicado o registo de patentes nesta área.

Por seu turno, o secretário de Estado, Manuel Heitor, frisou o contributo do Fórum para “a promoção do debate de uma questão cada vez mais crítica que pode contribuir para que Portugal enfrente com a sucesso os desafios das próximas décadas, quer em termos de desenvolvimento social e económico, quer da sua própria afirmação”.

À cerimónia de abertura seguiu-se uma conferência presidida por Alcino Silva e dois simpósios: um sobre “Cronobiologia”, apresentado por Russell Foster, e outro sobre “Bioengenharia,” dirigido por João Lobo Antunes, da Universidade de Lisboa, e por Irene Fonseca.

Texto e foto: João Queiroz
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