São dois novos exemplos de jovens empresários a apostar na Baixa portuense. Nuno Rocha, da Fábrica de Som, e Ricardo Cardoso, da Vícios (na foto), acreditam que os jovens gostam do centro da cidade, mas que precisam de novos espaços que satisfaçam as suas necessidades. Ambos os projectos oferecem oportunidades para músicos ou fãs de música.
A Fábrica do Som é “um espaço dedicado à música e aos jovens”. O objectivo é “receber música nas suas diversas fases, desde actuação, gravação, ensaios ou recriação”.
“Dispomos de estúdios de gravação, salas de ensaio e bar com espaço para actuações”, revela ao JPN Nuno Rocha, um dos proprietários do espaço, que abriu em Setembro na Avenida Rodrigues de Freitas.
Ricardo Cardoso define a Vícios como “um pouco ao lado do que é normal”. Recentemente, a loja na Rua Formosa inaugurou uma sala para pequenos concertos, aberta a qualquer pessoa ou banda.
“É um lugar alternativo para procurar coisas que não se encontram noutro lado. Temos todo o tipo de ‘merchandising’ de bandas, acessórios e produtos fruto de pedidos ou do ‘feedback’ dos clientes”, diz.
O gerente da Vícios explica que o mais importante é satisfazer as necessidades do público e não deixar que as barreiras económicas impeçam a realização dos projectos.
Para que tal aconteça, Ricardo Cardoso considera fundamentais as parcerias com outras lojas. “Nem toda a gente tem dinheiro. Não queremos que isso seja desculpa. Desde que tenha o seu instrumento, o resto nós podemos arranjar”, através do acordo com a Rock Music, refere.
Embora a experiência empresarial de Nuno Rocha e Ricardo Cardoso ainda seja muito recente, os objectivos futuros já estão bem delineados. “Satisfazer as necessidades que existem na geração jovem em relação à música e, em breve, conseguir implementar cursos” são as metas da Fábrica de Som. Quanto à Vícios, Ricardo Cardoso quer apostar também noutras áreas. Afirma que têm recebido “chamadas de pessoas interessadas em expor fotografias e quadros”.
