“20 anos de uma evolução muito positiva”. É desta forma que a directora do Jornal Universitário do Porto (JUP) caracteriza a vida da publicação. Feito por estudantes e para estudantes, o JUP tenta até hoje envolver pessoas das várias áreas da Universidade do Porto e dar voz aos alunos.

Segundo a directora do jornal, a presença cada vez mais afirmada de estudantes de jornalismo leva a que a publicação seja feita com outras preocupações que muitas vezes eram esquecidas. “Critérios de exactidão e isenção política até” são cada vez mais tidos em conta, diz.

Embora seja um jornal da academia do Porto e, como tal, tenha que ser aberto a todas as áreas, “é um desperdício da parte de quem estuda jornalismo não se querer envolver no jornal”, afirma Marta Couto.

Com cerca de 50 associados, o JUP caracteriza-se por manter o trabalho de grupo onde todos participam em todas as fases do jornal. Os cargos estabelecidos acabam por ser “simbólicos” pelo facto de “não existir um trabalho isolado”. “Desde que é pensado até que sai, mesmo na própria distribuição” há a participação de todos.

Para comemorar o 20º aniversário, que acontece este sábado, o Jornal Universitário do Porto preparou uma série de acontecimentos nas suas instalações. Uma exposição de fotografias e alguns trabalhos escritos, uma tertúlia com ex-directores do jornal e directores de jornais universitários de Braga e Coimbra e o lançamento do décimo número da revista literária e artística “Águas Furtadas”, produzida pelo Núcleo Académico de Jornalismo do Porto, que esteve previsto para Dezembro, são alguns dos eventos que vão marcar a data.

Para o futuro, Marta Couto espera “que quem está à frente do jornal e venha a estar, faça um esforço grande para envolver colaboradores de várias áreas e que faça com que estejam sempre presentes pessoas de jornalismo com uma perspectiva diferente”.