Com 47,48% dos votos, Rui Rio parte para o seu terceiro e último mandato à frente da Câmara Municipal do Porto com a liderança reforçada. “É a primeira vez que um executivo e um presidente de câmara reforçam a votação pela terceira vez consecutiva”, disse, este domingo, no discurso da vitória.

Os sociais-democratas conquistaram sete mandatos, contra os cinco de Elisa Ferreira, que conseguiu 34,70% dos votos. Ao assumir a derrota, a socialista culpou a “falta de debate público” e a “sobreposição de duas eleições” do resultado de domingo. Elisa Ferreira encaminha-se, agora, para o Parlamento Europeu “com muita tristeza”.

A CDU garantiu um mandato na Câmara Municipal do Porto, enquanto que o Bloco de Esquerda não conseguiu eleger Teixeira Lopes como vereador.

Resultados e surpresas

Em Lisboa, António Costa, pelo PS, obteve mais de 40% dos votos, conseguindo a maioria absoluta, elegendo nove vereadores, contra os sete do principal opositor Santana Lopes. No discurso da vitória, Costa descreveu a eleição como “histórica”: “É, desde 1976, a primeira vez que a direita coligada é derrotada na cidade de Lisboa”, sublinhou António Costa no discurso da vitória. Já Santana Lopes diz estar a “ponderar” se irá ficar na câmara como vereador.

Uma das grandes surpresas da noite foi a vitória de Macário Correia, do PSD, que conquistou a Câmara de Faro ao socialista José Apolinário por 126 votos. Fátima Felgueiras, da coligação PPD-PSD/CDS-PP, também se viu afastada da câmara, bem como Avelino Ferreira Torres e Narciso Miranda, que não conseguiram vencer em Marco de Canaveses e Matosinhos, respectivamente.

Em Oeiras, Isaltino Miranda obteve uma vitória expressiva, mas sem maioria absoluta. Cenário idêntico aconteceu em Gondomar, com a eleição de Valentim Loureiro.

O PSD conseguiu 138 câmaras, mais nove do que o PS. Esta é uma margem bem mais reduzida do que aquela alcançada nas eleições de 2005 quando os sociais-democratas conseguiram 157 municípios. Foram, no entanto, os socialistas a arrecadar mais votos dos eleitores.