Desde 1996 que a UNESCO instituiu o dia 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Assim, todos os anos se organizam eventos como forma de promover o gosto pela leitura, para impulsionar a publicação de mais livros e, ainda, contribuir para uma maior protecção dos direitos de autor. O porquê da escolha do dia 23 de Abril prende-se com o nascimento de importantes escritores, como Miguel de Cervantes ou William Shakespeare.

Os livros existem em massa no nosso mundo. Às vezes passam despercebidos a milhares de pessoas; outras vezes são devorados sofregamente pelos leitores mais viciados. Há livros para todos os gostos. Podem ser de ficção científica, história, romance, acção, memórias, crónicas, infantis ou de contos, mas todos têm o mesmo objectivo: ser lidos e proporcionar bons momentos aos leitores.

Dia Mundial do Livro no Porto

O Arquivo Histórico Municipal do Porto convida todos os leitores a visitarem a Biblioteca de Assuntos Portuenses; Na Biblioteca Municipal em Valongo, o professor José Pinto da Costa é o convidado na iniciativa “Os escritores visitam a Biblioteca Municipal…”

Cada livro tem a sua própria vida. Nascem de maneira diferente, pois cada autor dá vida às suas próprias personagens. Para Manuel Jorge Marmelo, jornalista e escritor, “não há nenhuma receita” na criação do livro, pois isso “varia muito de livro para livro” e, também, de “escritor para escritor”.

Depois da passagem da imaginação à escrita, os livros são entregues às editoras ou tipografias para, assim, serem impressos, encadernados e distribuídos pelo país. Se antigamente o processo passava por muitas máquinas, hoje, com o processo digital, torna-se “mais rápido, mais simples e com menos desperdícios”, sublinha Sérgio Almeida, técnico de pré-impressão.

Crescem da mesma forma, mas o seu fim varia. Há livros amontoados em armazéns e outros que rapidamente esgotaram em todas as livrarias. No entanto, existem já alternativas para a reutilização do livro. O Bookcrossing é uma das formas de o livro não estar parado numa estante qualquer lá de casa e “passar de mão em mão”. sendo “lido por toda a gente”, como afirma Isabel Sousa Uva, trabalhadora do “Papel & Cª”, uma das “crossing zones”.

Com a grande implementação da tecnologia digital e o aparecimento dos e-books e de tecnologia como o iPad, o futuro do livro em papel pode estar ameaçado. No entanto, quer Manuel Jorge Marmelo, quer Vidal Pinto, responsável pelo armazém da editora Campo das Letras, demonstram uma certeza: o livro em papel não vai terminar. Para Vidal Pinto, as pessoas precisam, antes de comprar o livro, de “pôr a mão no papel e de ler o seu resumo para saber imediatamente aquilo que vai acontecer”.