O número de candidatos a Nobel da Paz aumentou para 259 este ano, atingindo um novo recorde na história dos prémios. Os dados foram divulgados por Geir Lundestad, diretor do Instituto Nobel, que confirmou o aumento do número de candidatos a Nobel da Paz nestes últimos anos. O interesse mundial no prémio explica esta tendência.

Como se procedem as candidaturas?

Os candidatos a Nobel da Paz podem ser nomeados por professores catedráticos em Direito ou Ciências Políticas, ministros e deputados de todos os países ou anteriores personalidades distinguidas pelo prémio. As candidaturas foram aceites até ao passado dia 1 de fevereiro.

Apesar de a lista não ser divulgada oficialmente, aqueles que nomearam uma pessoa ou organização podem revelar os nomes. Entre os candidatos conhecidos, destaca-se Malala, a paquistanesa de 15 anos que foi atingida a tiro por talibãs, em janeiro. O ex-presidente norte-americano Bill Clinton também é um dos nomes conhecidos, assim como o presidente e reformador birmanês Thein Sein. “Memorial“, a organização russa dos direitos humanos é também um dos nomes conhecidos.

No total, estão nomeadas 209 pessoas e 50 organizações a Nobel da Paz. A última vez que este prémio bateu recorde foi em 2011, depois de registar 241 candidatos. Os prémios, que vão ser anunciados a 12 de outubro, serão entregues apenas no dia 10 de dezembro, data de falecimento de Alfred Nobel.

Um prémio polémico

Pelo seu grande peso humano e político, o Nobel da Paz é um dos prémios que gera mais polémica sempre que anunciado, principalmente desde que Thorbjørn Jagland assumiu a liderança do Comité Nobel. Só debaixo da liderança de Jagland, foram entregues dois dos prémios que causaram mais controvérsia na história dos Nobel: no ano passado, a União Europeia e, em 2009, o presidente norte-americano Barack Obama. O distinguido recebe, aproximadamente, 8 milhões de coroas suecas e, ao contrário dos restantes prémios, não é entregue na capital sueca, Estocolmo, mas sim em Oslo, na Noruega.