É caso para dizer que, de 18 a 24 de novembro, vai-se reMEXEr no Porto. Depois de em 2011 a Invicta ter recebido a primeira edição do festival de teatro comunitário MEXE – Encontro de Arte e Comunidade, a PELE – Espaço de Contacto Social e Cultural volta a trazer a animação às ruas, estações de metro e comboio da cidade.

Para esta edição do MEXE estão preparadas quase 50 ações de arte comunitária, interpretadas por mais de 600 participantes. Entre elas contam-se várias performances ligadas a espetáculos de teatro, música e dança. O objetivo é, segundo a organização, “pôr o Porto a MEXER”.

Por se tratar de um festtival de arte comunitária, assistir a tudo o que faz parte dele não tem preço, já que as atividades são gratuitas. Para elas contribuirão 12 cidades portuguesas e projetos artísticos de oito países, como os de Eugene Erven, da Utrecht University, na Holanda, ou de Sanjoy Ganguly, líder do teatro do Oprimido na Índia.

Programa

“Entre espetáculos, concertos, debates, peças de teatro, instalações, dança, música e vídeo, a proposta do festival são 47 atividades totalmente gratuitas e a acontecer em 17 espaços inusitados na cidade do Porto, como as estações de metro de S. Bento e da Trindade, a rua de Santa Catarina ou mesmo o CACE Cultural”, refere a organização. O programa completo do MEXE II pode ser consultado aqui.

Com esta vertente gratuita nem sempre habitual nos eventos que chegam às cidades, uma das pretensões da organização é perceber “por que é que 600 pessoas de todo o país se querem MEXER no Porto durante uma semana” e “por que razão estas pessoas se organizam voluntariamente nos seus quotidianos para criarem e apresentarem espetáculos? Que energia participativa é esta?”.

No fundo, parar para meditar nos valores que a Cultura incute nas sociedades será um dos pensamentos que o festival quer gerar nas pessoas. Assim se explica a criação, ao longo do MEXE, de um “manifesto coletivo de 22 ideias para pôr a mexer a comunidade, que será entregue à Assembleia da República”.